Se você for embora eu perco a fé no mundo. Não duvido nada que eu me mate, ou ande vivendo como um zumbi até morrer de tristeza. Se você for embora vai levar junto a minha vida. É sério, não estou falando isso só para você tirar a mão da maçaneta.
É tão sério que eu quase não me importo se você vai ou não abrir a porta. Porque eu não tenho essa dúvida, o que será de mim? Eu sei o que será.
O medo, esse companheiro desnecessário, que eu sentirei sempre - quer você chame o elevador ou não - é o de ter me enganado tão redondamente. Veja, eu já disse eu te amo antes. Já achei que era pra sempre. Já fiquei triste de ter me enganado, mas no fundo eu sempre soube que estava enganada. Mas não agora.
Se você for, e eu disser pra sempre outra vez, para outra pessoa... não pode ser. Você entende o tamanho da catástrofe? Nem as palavras nem os sentimentos farão mais sentido. E eu só não digo que deixarei de me relacionar tanto com as palavras quanto com os sentimentos porque sei que a nossa vida é tão persistente e suja quanto a vida tem que ser, e que para sobreviver somos capazes de trair qualquer outra obstinação.
Então talvez eu viva, assim sem vontade, só porque o coração precisa continuar batendo. Mas você entende que será uma vida também sem razão, sem sentido? Pode até ser uma vida com outro amor enganado, mas se você me conhece bem, sabe que não me valerá de nada uma vida sem lógica. Sem o conforto irracional da esperança.
Então me promete uma coisa: se você entrar nesse táxi, que seja pra me levar junto. Pra sempre?
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Eclipse da lua
Postado por s. às 10:51 1 comentários
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Hmmm
Acho que o meu problema é ter uma imaginação muito fértil. Na hora de escolher uma profissão eu conseguia me imaginar fazendo virtualmente qualquer coisa. Talvez eu devesse ter procurado critérios de desempate mais sensatos...
Postado por s. às 11:24 0 comentários
Marcadores: memória
sábado, 25 de agosto de 2007
O exato momento
Postado por s. às 11:51 1 comentários
Marcadores: memória
domingo, 19 de agosto de 2007
Tarde de domingo
Postado por s. às 13:48 0 comentários
Marcadores: memória
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Tarde e fim de tarde
Especialmente quando os prédios estivessem longe e o céu azul.
Há um momento durante a tarde, antes de a luz ficar amarela e envelhecida, ainda no auge da tarde, em que o mundo pára. Não há pressa, nem urgência, nem pendência. Não enquanto os gatos se banham com a língua e os passarinhos com areia. São 15 ou vinte minutos em que o vento balança as folhas nas árvores e leva de passeio os papéis no chão. É nessa hora que o cobrador varre o chão do ônibus, que a vizinha esquenta a água do café, que o tio da perua manobra o carro. Tudo em silêncio. Ninguém sabe, mas é como se a tarde fizesse uma enorme prece, cantada baixinho no barulho da buzina da bicileta, no pio do do tico-tico, na pressão da panela e na aula de piano.
Até os camelôs ficam em silêncio enquanto os pés sujos de rua fazem pular a sombra comprida no asfalto morno. Ela brinca de amarelinha, sozinha.
Postado por s. às 17:20 0 comentários
Marcadores: memória
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Sem cérebro e com música
Certas coisas na vida têm que ser feitas assim: de ressaca.
Postado por s. às 12:34 0 comentários
Marcadores: rápidas
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Death Cab For Cutie
If there's no one beside you When your soul embarks Then I'll follow you into the dark
Postado por s. às 12:27 0 comentários
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Tanto sentimento...
...acaba virando dor-de-cabeça. Assim, com hífen mesmo, porque sólido.
Ruim é não saber nem de onde vem nem pra onde vai.
Postado por s. às 16:44 0 comentários
Não conta pra ele...
Postado por s. às 13:57 0 comentários
Marcadores: links
Alta in/fidelidade
Postado por s. às 13:43 1 comentários
Marcadores: links