quinta-feira, 29 de novembro de 2007

(no olvidar)

top 4 expressões que a gente mais gosta em español:

>> sí, ?como no?

>> yo tampoco

>> por supuesto

>> me dá igual



Quote of the day

"Não deixa ele te filmar, isso aí é do Kassab!"

aposentados-desocupados no Parque da Luz para Alexandre Hohagen, presidente do Gooogle do Brasil, em seção de fotos para a revista Época Negócios na Pinacoteca

Germes e bactérias

Desde que eu escrevi aquele post sobre papel toalha versus ar quente, não pude deixar de lado um certo jeito de ver o mundo: bactérias. Agora todas as vezes que eu lavo as mãos, escovo os dentes, calço um sapato, bebo água, almoço, lavo as mãos e escovo os dentes de novo, lá está o pensamento deriavando para as bactérias, esses bichinhos ardilosos que vivem infectando nossa vida.

É culpa dos americanos, que medem tudo em bactérias. Desde o método mais eficiente de secar as mãos, até horas suficientes para se assar o peru de ação de graças. Quem você acha que criou a propaganda do sabenete Protex?!

É culpa também da minha dentista, a quem eu recentemente fiz uma visita. Ela cobre o consultório todo com magipak e sacos plásticos descartáveis transparentes. Após anos observando esse comportamento "estéril" dela, eu resolvi perguntar pra que tanta precaução. O que motivou a quebra do silêncio, na verdade, foi a constatação de uma nova técnica anti-germes: luvas para as luvas. Juro. Ela entra no consultório e, antes de sentar na cadeira, põe as luvas de borracha. Se não me engano ela até lava as luvas de borracha depois de vestí-las. Bem, aí quando ela tem que fazer algo fora da "área estéril", tipo abrir uma gaveta para pegar um espelho, atender o telefone, sei lá, em vez de tirar as luvas de borracha e usar as mãos-que-Deus-lhe-deu-para-entrar-em-contato-com-os-germes ela põe outra luva por cima - na verdade um saco plástico descartável, daqueles de cozinha. Confesso que fiquei assustada depois dessa nova modalidade, e imaginei que eu poderia estar correndo risco de vida para justificar tamanho cuidado. Mas não. General Rosângela é uma dentista caprichosa mesmo.

Saudades dos tempos que os germes e as bactérias eram apenas palavras que nossas mães usavam pra nos ameaçar. Geralmente com o assombro malgníno da dor de barriga. Eram bons tempos.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A volta dos que não foram

Pra não perder o bonde dos revivals, Extreme (ahn, More Than Words?) anuncia uma turnê para o ano que vem. Dava pra passar sem, neam?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

eu preciso

não saber do resto do mundo.

nada, ninguém.

para que o que eu tenho seja puro, belo e claro. pleno.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O dilema do banheiro

Eis uma pergunta que sempre me incomodou. Qual é o jeito mais ecológico de secar as mãos: toalhas de papel ou ar quente?

O ar quente é sempre vendido como a opção verde. MAS, em tempos de apagão, racionamento e estiagem na força hidrelétrica brasileira sabemos que a energia aqui custa caro. Este artigo da Salon.com analisa a questão do ponto de vista norte-americano (que tem outro perfil energético e provavelmente cuja indústria de papel também tem outras características). Os números, portanto, não se aplicam o Brasil, mas ajudam a pensar sobre a questão.

Aliás, a autora joga ainda uma segunda variável no caso: qual dos dois métodos de secar as mãos as deixa mais limpas -- ou seja, com menos bactérias. Ná prática esse quesito não se aplica à minha pessoa, porque eu fico com as mãos no ar quente até elas ficarem completamente sequinhas e quentinhas, o que garante menos bactérias ;)

A terceira via, para quem quer menos emissão de carbono e menos infectação, diz ela, é bem simples: seque no seu próprio jeans.

Sei não.

Ah, roubei essa do site da Piauí.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Informe Tendências & Palminhas

Swamp water, o lançamento mais glamouroso da estação
Hoje, na badalada Vila Madalena, o clube
in do jornalismo brasileiro se reúne para provar a bebida do momento: a versão hypada da excêntrica "água de valeta". Underberg, raspas de limão siciliano e água com gás San Pelegrino compõem a receita chique da felicidade.

Enfim um release decente. Publiquei sem edições.

;)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O idiota enxerga o dedo

enquando o sábio aponta para a lua.

E assim governo e oposição "discutem" a aprovação ou não da CPMF (que no meu entender é até um imposto justo, apesar de ter o P de provisório no nome, porque é diretamente proporcional à renda, sem cotas. É insonegável e um bom monitor para fraudes fiscais, além de ser um jeito bem eficiente de monitorar o real tamanho da economia brasileira). E a chance de botar em pauta uma reforma tributária ampla, geral e definitiva vai passando... bem longe.

Às vezes eu penso que tanta brasileirice não é má fé. É burrice da grossa: falta de visão (e de memória).

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

with great power comes great responsability

mas eu só sinto muito sono

|-O

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

verb

eu preciso de menos. preciso em intensidade menor. não morno, mas medido. ou melhor, mensurável.
eu preciso lembrar do amanhã, acreditar.
eu preciso pensar em mim, refletir. expressar. passar.
eu preciso não sofrer porque sei que vou sofrer. exergar.
o que eu quero mesmo é mais. de tudo. agora.
.

Todo sentimento
Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

agora sim

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u343955.shtml

não esqueça:

Meu nome é KAUAN
Minha idade é 10 meses
Minha roupa Tamanho 2 anos, um pacote de fralda e um par de meia
Meu sapato é 21
Um brinquedo, uma lata de leite em pó

photo-links

http://www.prime-junta.net/pont/Pontification/n_Telephoto_Is_For_Wimps/a_Telephoto_Is_For_Cowards.html

http://www.magnumphotos.com

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

o que Luciano Huck deveria ter aprendido com Silvio Santos

Ok, todo mundo já está careca e a discussão está batida. Mas, não sei
como, vira e mexe alguém fala no caso do Luciano Huck de novo. E eu
tinha ficado bem quietinha até agora porque 1) não li o artigo do dito
cujo 2) não li nenhuma crítica da "classe média pequeno burguesa" que
foi criticada pela Veja. Em suma, não acompanhei nada em primeira mão,
e é só daqui, do alto da minha percepção distante, que eu lanço minha
opinião.

Não é difícil entender, na verdade, o lado de ninguém. Eu ia começar
pela classe média, mas mudei de idéia. Luciano Huck parece ser um
jovem honesto e esforçado. Começou a trabalhar cedo e teve o suor e o
talento devidamente reconhecidos. Teve o azar de nascer muito rico,
mas compensa isso fazendo um trabalho assistencial muito bem feito em
alguma favela do Rio de Janeiro, onde capacita jovens pobres a
trabalhar no mercado do áudio-visual (não é um mercado muito quente
nem promissor, diga-se, mas pelo menos o Rio tem o Projac - já é
algo). Ele também é um idealista, escolheu não andar de carro
blindado, mesmo depois de ter sido seqüestrado. Em meio a tanta
retidão moral, Luciano Huck foi assaltado em plena luz do dia, num
bairro de classe alta de São Paulo. Levaram-lhe o Rolex. Huck ficou
devidamente indignado.

A classe média soube da indignação de Huck pela Folha de S.Paulo. O
Brasil que lê a Folha de S.Paulo às vezes a gente se esquece da classe
média e pensa que no Brasil só existe Fome Zero e corruptos.
Miseráveis e milhonários. A própria classe média se esquece da classe
média porque, verdade seja dita, ninguém quer ser classe média. (Seu
chuveiro fica pelando quando o vizinho de cima dá a descarga? Junte-se
a nós e leia Mario Prata) Mas é a classe média quem enfrenta,
diariamente, a violência. Numericamente, quem sofre mais o efeito da
violência é essa gente, que não tem carro blindado, nem segurança, nem
motorista -- por falta de opção. Que às vezes nem carro não tem, nem
grade no portão, nem ônibus que faça o trajeto da concessionária que
foi descredenciada e ninguém subtituiu. Gente que no caminho de casa
para o trabalho corre o risco diariamente de ter, não o relógio, que
esse não vale nada, mas o dinheiro amassado, o celular que ainda não
foi pago, a segunda via dos documentos.

Quando a classe média soube da indignação de Luciano Huck, idignou-se
justamente. Não que não seja possível entender o lado do famoso e bem
casado apresentador. Mas quem é que vai entender o lado da classe
média, que sofre diariamente a violência e, por não ser rica nem
famosa nem bem casada nem da Globo, não pode manifestar sua
indignação?! Luciano Huck foi vítima sim -- de sua própria falta de
tato. Porque não discutiu nenhuma proposta, nenhuma crítica pontiaguda
que leve a alguma ação. Mostrou para a classe média o que a classé
média já conhece de velha.

Devia ter feito como seu Silvio Santos, que distribui dinheiro e chama
as mulheres da platéia de colegas de trabalho. E as mulheres da
caravana de Piraporinha do Bom Jesus se enfileiram pra ver ele rir
charmosamente e não fazer nada pra melhorar o Brasil.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sobre enxaqueca e saco cheio

Sabe quando a gente bate o joelho em alguma quina, fica com ele
dolorido e nos lembrando o tempo todo de sua existência? Pois eu,
mesmo sem bater em nada, pegar friagem, passar fome ou ficar sem os
óculos me lembro, absolutamente o tempo todo, da existência da minha
cabeça. Não chega a ser uma dor insuportável, apesar de nem sempre ser
constante, e acho que já convivo com ela há uns bons anos. Ah sim, e
tem essa também, eu nunca me lembro da dor de ontem, só da de agora.
Portanto se você me perguntar o quanto senti de dor de cabeça ontem,
eu só vou saber te dar uma medida paralela, ou melho, reflexa: o
quanto ela me incomodou.

E apesar de não saber exatamente o que é que causa essa "presença" da
minha cabeça em cima do pescoço, tenho quase certeza de que a mesma
dor pode provocar quantidades diferentes de incômodo. Também tenho
quase certeza de que essa segunda medida depende do quanto eu queira
me livrar da dor. Como o visgo do diabo do Harry Potter, sabe? Se você
se desespera, ele aperta; se relaxa, escapa.

Pois ultimamente tenho muito tentado me curar. De várias maneiras:
suco de frutas de manhã, academia ou alguma atividade física que eu
não consegui praticar com freqüência até o momento, sono correto,
alimentação saudável, amigos, família, namoro. Pois aí é que a bixa
aperta mesmo: pra conseguir botar em prática alguns desses bons
hábitos é preciso ter uma rotina 8h-8h-8h. Trabalho, sono e lazer bem
equilibrados. Rá! Matou a charada?

Pois eu descobri o nó e por nada no mundo consigo desatar: tive crises
piores de enxaqueca que me deixaram completamente descapacitada para
qualquer coisa. Entrementes, não consegui um espaço na agenda pra
praticar algum exercício sem diminuir ainda mais o tempo de sono, que
já anda no mínimo. E o trabalho não dá o menor sinal de aliviar a
barra. Ai.

Ainda bem que tem feriado.
Aí, na quinta-feira, a gente vive assim: de véspera.