quinta-feira, 9 de julho de 2009

Days of glory

Please try not think of Bon Jovi's Blade of Glory as I tell you this. I looked it up, there is no other word I could use. Glory, as in beauty and perfectness. Keep that in mind.

***

As a teenager going up in the suburbs of Sao Paulo, there were nights when I'd stay awake, watching tv or something else, wishing I was at another place. At another country. At another reality. Somewhere else.

I'd imagine myself with other friends, living under a different weather, with different life habits. I'd long for being away, and even for missing my actual real-life friends and familiy. But it wasn't a feeling about loneliness or despair, although there was a certain sadness to it.

I realise now it was about energy. I was about wanting. So much.

(Maybe it was the night. Darkess has always set my imagination free, somehow. But there's really no way of knowing for certain)

Back then, I had very little possibilities. Most of my constraints, I realise now, were a result of myself and the way I saw the world. The little energy I had avalilable for actually fighting my way through to what I really wanted. I'd rather spend that energy dreaming about the life I never thought I could live. And I am glad I did. I remember those aparently insignificant melancholic nights up until today – or tonight, if you might – and I believe they have helped me be where I am now.

I should try to remember that the next time I feel exhausted and with almost no energy left. “Keep some for dreaming. You are a dreamer.”

sábado, 4 de abril de 2009

B., você tinha razão

A adolescência é maravilhosa. Eu quase não sei por que achava o contrário. Quase, mas eu sei sim. Talvez seja por isso que eu recentemente dei pra brigar com os anos. Começou com os 25, o princípio da ladeira. Daí veiram os 26, que já eram quase-30, e eu comecei a me sentir uma velha sem saber de onde vieram todos esses anos que eu nem aproveitei direito. É que eu não sabia que tinha sido adolescente. Pode ser uma coisa de capricórnio, que nasce velho e morre jovem, mas é fato: eu mal entrei na adolescência e já achei que sabia tudo, que o mundo estava resolvido. Eu não sabia, mas vivi assim até ontem. Talvez minha adolescência tenha terminado só ontem. Por que só ontem?

Eu já morei em seis casas diferentes. A primeira foi nossa desde o nascimento da minha irmã, um ano e meio mais velha, até os meus doze anos. Definitivamente foi a casa da minha infância. De lá, mudamos de cidade e de bairro e de tudo. Saímos do condomínio fechado de casas geminadas no subúrbio de São Paulo, para o condomínio fechado de terrenos grandes e casas em construção na Granja Viana. É claro que eu não me dei conta na época, mas a minha adolescência começou ali. E depois da adolescência, lá pelos 20-e-poucos, eu saí da casa dos meus pais e fui morar, pela primeira vez na vida, em apartamento. Primeiro com a minha irmã, depois com duas amigas, depois com uma amiga. Primeiro por uns quatro anos, depois por dois, depois -- agora -- por um.

Dos vinte e poucos para cá minha vida foi ficando meio esparramada. Casa dos pais, apartamento com a irmã, casa nova minha, casa nova dos pais. Minhas memórias foram se esparramando também. Mas ontem eu voltei para a casa da Granja Viana, sozinha, em busca de algumas memórias que eu queria resgatar antes que a casa fosse vendida e eu, talvez morando em outro país, não pudesse determinar o destino desses mementos. Foi nessa visita que eu descobri a adolescência. Fotos, cartas, roupas, uns pedacinhos de confusão e pretensa rebeldia.

Eu fui uma adolescente semi-rebelde. Eu achava que para ser rebelde era preciso ter opinião e que para ter opinião era preciso saber das coisas. Num raciocínio levemente falacioso, eu achava que por ser rebelde eu sabia de tudo das coisas. E é claro que eu me frustrei com isso (e talvez só agora eu possa entender o quanto essa postura influenciou minha minha vida para entender o quanto posso ter me frustrado), e por isso eu achei que a adolescência era só rebeldia e frustração. Era só a espera pelos 18 anos. Era só a incompreensão do mundo e o mal estar que isso causava. Era só as cagadas que a gente cometia e, para a gente que sabia de tudo, uma cagada era indesculpável.

Eu errei, B., em dizer que não gostei da adolescência porque vivi nessa lógica até ontem. E foi por isso que os 20-e-poucos passaram tão rápida e desorganizadamente e foi por isso que os quase-30 me apavoraram tanto. E foi só agora há pouco que eu realmente entendi que não sei nada de nada (antes eu achava que era cool falar isso, meio Platão, super culta) e que tudo bem. E que eu posso me mudar e melhorar porque eu sou capaz de me conhecer e me aceitar. E eu posso rir de mim e começar de novo, e esse talvez seja o único aprendizado capaz de tirar a gente da adolescência.

E enquanto eu vivia essa lógica eu não me dei conta das coisas maravilhosas que fiz nos meus anos de teen. Memórias que a visita à casa da Granja foi buscar e mandou fazer as pazes. Eu fumei escondido, tomei porre, fugi de casa e voltei para a festa. Furei a orelha, pintei o cabelo de vermelho e de roxo. Cortei curto, cortei mais curto e deixei crescer. Tive amigas de chorar junto, amigas de festear junto, amigas de estudar para a prova e tirar dúvidas sobre sexo, drogas e róque. Tive melhores amigas que eu nunca mais vi. Tive colegas que nunca viraram melhores amigas mas continuam queridas e sempre aparecem. Vomitei no banheiro. Cuidei de bêbadas desconhecidas em banheiros desconhecidos. Fiz amigos esquisitos. Beijei amigos, e desconhecidos, e casinhos. Tive paixões platônicas. Tive muitas paixões platônicas. Odiei a vida e a insônia. Não aprendi a ficar sozinha.

Como diriam meus amigos ingleses, this is as good as it gets. Não dá pra ficar melhor que isso. Ainda bem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

pouco mais que um mês

If you are confused check with the sun
Carry a compass to help you along
Your feet are going to be on the ground
Your head is there to move you around, so

Stand
in the place where you live
now face
north
Think about direction,
wonder why you haven't before

Now stand
in the place where you work,
now face
west
Think about the place where you live, wonder why you haven't before

(REM, Stand)

domingo, 5 de outubro de 2008

vazio idílico

Oi, Serena, aqui é a Carmelita da Beth, lembra? Eu não estou ligando pra falar da Beth não, está tudo bem com ela. É o seguinte: você sabe que a sua mãe está morando comigo, né? Você sabe que ela e o seu pai se separaram, né?
...

sábado, 4 de outubro de 2008

mais uma lição de terapia

aquilo que não é dito
vira maldito

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Conversa com o ginecologista

- Oi Dr Nilson, eu liguei pra saber como foi o meu exame?
- Ah Serena, foi um pouco menos do que a gente esperava. 7 semanas de gestação era o que a gente tinha imaginado, né? Mas são três semanas só.
- ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
- Não era isso?
- Não, sem gestação.
- Ah, então tá bom, confundi os exames.
 
Que imprudente, tsc, tsc, tsc.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

alô, polícia do karma!

Eu sempre achei que recusar um emprego era pedir pra ter karma ruim. Um dia isso ia se voltar contra mim, eu ficaria desempregada, à margem da sociedade, e minha consciência se voltaria contra mim: "Está vendo! Se você não tivesse recusado aquele emprego que te ofereceram, nada disso teria acontecido".

E, dirigida por essa nada confortável impressão, assim eu fui tomando as decisões na minha vida, pulando de um emprego para o outro, conforme surgiam as propostas e eu as aceitava pra não acordar o karma ruim. Até hoje.

Hoje pela primeira vez eu tive clareza para dizer não. Não era o que eu queria: um trabalho formal. Eu quero vários trabalhos menores. Quero ser minha própria chefe. Quero sair a hora que eu determinar para ir correr (na chuva, atualmente) na USP. Quero me especializar em um assunto. Quero prestar vestibular e ser estudante universitária de novo. Quero ir para a Amazônia em setembro, para NY em outubro e para a Austrália no ano que vem.

E enquanto eu tentava explicar isso para minha ex-futura chefe (não consegui dizer um terço, obviamente), eu queria dizer: "Não é pessoal". Mas sabe o que? É pessoal sim. É meu. São meus planos pessoais, e se eu não cuidar deles ninguém mais vai.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

use protetor solar

Wear Sunscreen é provavelmente o maior clichê da década de 90 (e adjascências). Mas ontem, tocou (? também não entendi) na rádio Mitsubishi o áudio desse famigerado vídeo. E eu parei pra ouvir.

A mensagem do texto me fez lembrar por que eu adoro clichês. Nada se torna um clichê sem alguma razão. O clichê pode ser a comprovação da estupidez popular ou da genialidade singular. Nesse caso, creio eu, foi a genialidade (menos para o Pedro Bial).

Ontem eu percebi que pelo menos duas coisas eu tomei pra mim depois que vi o video pela primeira vez (ou segunda, terceira, quarta... que diferença?):

Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives. Some of the most interesting 40 year olds I know still don't know.

(Esse conselho me ajudou até semana passada quando eu pedi demissão. Talvez agora eu não precise mais dele)

Do not read beauty magazines. They will only make you feel ugly.

(Esse conselho eu não sigo ao pé da letra. Sempre compro as revistas. E sempre pisco os olhos e me lembro dessa sugestão antes que eu me sinta gorda ou cabelo-ruim)

Talvez esteja na hora de encontrar conselhos novos ali.
:)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Gala's Guide To NYC Version 1.0 - iCiNG - galadarling.com

Gala's Guide To NYC Version 1.0 - iCiNG - galadarling.com: "do you remember the episode of Gossip Girl where Blair strips on the stage of a burlesque club, to be later ravaged by Chuck in his limousine? That was shot at The Box."

quarta-feira, 23 de julho de 2008

morning mantra

eu dormi bem
eu estou acordada e disposta
e vai ser fácil