segunda-feira, 28 de abril de 2008

top X -- coisas que eu quero fazer no feriado

(não exatamente em ordem de importância)

editar fotos e mandar imprimir
desempacotar os últimos livros
levar foto para fazer moldura
organizar as revistas e, consecutivamente, o portfolio
comprar duas cadeiras de madeira para a varanda
comprar um baleiro gigante para guardar os bonequinhos do armando
lavar os bonequinhos do armando
arrumar o guarda roupa (e a cama, que virou extensão do mesmo)

e
correr na praia. o que inviabiliza todas as anteriores, hah.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

presente matutino

(que acabou de chegar)

PASSAGEM DAS HORAS

 

Trago dentro do meu coração,

Como num cofre que se não pode fechar de cheio,

Todos os lugares onde estive,

Todos os portos a que cheguei,

Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,

Ou de tombadilhos, sonhando,

E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

 

(...)

 

Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

sweet dreams are made of this

"No próximo sonho o seu filho vai nascer", ela disse. Confesso que na hora não me pareceu tanto uma profecia quanto no momento em que eu acordei, ainda lutando pra não me esquecer das últimas cenas, e me lembrei de ter ouvido essa frase dias antes.

Era um bebê perfeito. Menino, branquinho, com cabelo bem preto e olhos bem azuis. Todo reluzente.

Pra ela, a gravidez era um projeto do inconsciente. E o parto, portanto, era o nascimento do projeto. Assim, o sonho pareceu uma ironia descabida. Como é que tanta satisfação, tanta coerência, tanto complemento, tanto afeto, podiam ser, nessa hora, justamente o que estava vazio, perdido, descabido e desesperançado.

"Este sonho foi um presente", ela disse. Bonito assim, devia ser presente mesmo. Mas... acho que ainda não.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

plano de aposentadoria

(ou top faive livros que eu só vou ler daqui a 4 décadas)

1) ulisses, james joyce
2) em busca do tempo perdido, marcel proust
3) dom quixote, miguel de cervantes
4) grande sertão: veredas, guimarães rosa
5) finnegans wake, james joyce

quarta-feira, 16 de abril de 2008

housework

Eu absolutmente odeio formigas. Odeio com todas as minhas forças e me sinto uma piada do universo quando alguma, ou muitas porque elas nunca estão sozinhas, cruza o meu caminho. Isso é, na minha casa. Porque se for em algum outro lugar o problema não é meu, rá.

E a minha casa, é claro, tem formigas. De maneira que uma das minhas maiores satisfações atuais é matar formigas. Exterminá-las. Seja uma a uma ou em massa. Nas primeiras semanas a tática era gastar um tubo de inseticida por semana (literalmente). Pra dar certo com as formigas, que se escondem nos cantos mais recônditos, o melhor é não ventilar, e deixar o inseticida agir até gastar. Ou seja, o melhor é que você não esteja em casa por bastante tempo. Ou seja, é difícil pacas.

Mas qual não é a recompensa quando você chega em casa e vê centenas de formiguinhas mortas onde parecia haver apenas algumas dezenas. Sim, eu sou realmente sádica quando se trata da morte de formigas que moram na minha casa.

Todavia, eu já entendi que não importa quanto inseticida aerosol eu possa comprar no mundo, as formigas voltarão. Confesso que no início eu achei que elas ficariam assustadas com a morte das coleguinhas e correriam para assombrar a residência de outros vizinhos menos intolerantes, mas isso só funcionou com o rota que vinha do 23B. As formigas já não entram pela porta da frente, mas elas continuam lá.

Ao mesmo tempo em que eu compreendi que precisaria usar de uma tática mais avançada, comecei a estudar a trajetória das formigas na casa. Trajetória essa, aliás, que veio se formando somente nas últimas semanas, uma vez que até então eu estava aniliquiando todas as rotas de ferormônio com a minha tática de maníaca do aerosol. Já encontrei dois caminhos. Um que vem pela varanda, meio óbvio, e outro que me deixou besta. As danadas estão se escondendo no cano do chuveiro. Não DENTRO do cano, claro, mas elas passam ali pelo ladinho e vão morar nessa coisa maravilhosa da arquitetura moderna que é o shaft de canos. Cheio de espaço pra essas sacanas rirem da minha cara enquanto eu fico seguindo com os olhos o rastro delas pelo banheiro -- sinceramente! até no banheiro!

Mas essa vida mansa das formigas no meu lar está para acabar. Ah, se está!

terça-feira, 15 de abril de 2008

dia de terapia

a l o n e
all one

não contei pra ela, mas minha próxima tatuagem vai ser assim:

=

sábado, 12 de abril de 2008

nick de sábado

kill me please

ri, né? como diria aquela música que eu adoro: you would cry too if it happen to you...
ainda bem que temos o itunes carregado e fones de ouvido que cancelam ruidos de narizes escorrendo (eca!)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

nick do dia

don't
push
me

cause
I'm
close
to
the
edge

seja bem-vindo atchim

Desde que me mudei, deixei um monte de contas e cobranças pra trás, importunando a já movimentada caixa de correio das minhas roomies (eu diria ex-roomies, mas acho que não se aplica). Até que hoje de manhã, sei lá por que, resolvi retificar essa situação. Comecei pela assinatura da Veja. Ah, sim, foi o talão de carnês de renovação da assinatura que eu vi hoje cedo na cômoda que me fez lembrar disso. Abri o carnê, procurei o telefone e liguei (dirigindo, detalhe).

0800: esta ligação está bloqueada. Ah, sim tem um número só para a Grande São Paulo, ok.

-Maxi-Telhas, bom dia.
-Oi, é do atendimento ao assinante?
-Senhora, aqui é da Maxi-Telhas.
-Ah, eu devo ter discado errado, desculpe.

Conferi o número, estava certíssimo, igualzinho o impresso no carnê. Tentei o 0800 de novo. Bloqueado de novo. Tentei até o número do fax que, óbvio, resultou num sinal de fax. Dei mais uma chance para o número Veja/Maxi-Telhas, crente que era o número errado mesmo, que aqueles incompetentes que fazem aquela revista mequetrefe não conseguiam publicar um número de telefone corretamente.

- (voz feminina de máquina) Bem vindo ao atendimento ao assinante. Conheça as facilidades do auto-atendimento no site blábláblá.
-Combinado! Beijo, tchau.

Adoro não ter que falar com gente.

Agora era a vez de ligar pra TIM. Consultor, confirmar informações, por favor aguarde mais um momento, mais um momento, mais um momento (já estou quase chegando no trabalho). Pronto, consegui passar o endereço certo.

-Senhora, confirmando...
-Sim, positivo (eu adoro falar "positivo"), está certinho.
-Tu-ru-ru, tu-ru-ru.

Caiu a linha. De maneira que eu não sei se a atendente era uma mal-educada mal-amada que desligou sem me dar beijo-tchau, ou se toda a operação tornou-se inválida pelo acidente móvel-telefônico. (O que me levou a pensar que talvez tenha sido também um acidente móvel-telefônico a primeira ligação ter caído na Maxi-Telhas.)

E qualquer que seja a resposta, a verdade é que eu odeio gente e principalmente odeio telemarketing. Por que vocês todos não viram sites lindos, rápidos e amigáveis?!

Ah, sim, porque sites lindos, rápidos e amigáveis são geridos por gentes. Como os imbecis da Fnac.com que me venderam dois livros, com prazo de entrega de 14 dias úteis. 25 dias úteis depois, eles me entregaram só um e desfizeram a venda do outro -- estava esgotado, e se eu não gostasse tanto assim de fazer compra online podia ter feito que nem a Ana e esperado uns dias e comprado na loja; ela, que comprou depois, já está quase acabando a maldita história que acabou de sair da minha vida quando a Fnac disse que não vai mais me vender essa merda.

Eu odeio empresas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

noites hogwartianas

dois sonhos à la Harry Potter nesse final de semana. Harry Potter muito bem adaptado ao meu mundinho, diga-se.

no primeiro, eu vivia minha própria Ordem da Fênix, contra uma desconhecida Dolores Umbrige no colégio. mas a gente não conhecia Harry Potter, lutava contra um inimigo sem rosto (era a escola toda), e contra os colegas que desapareciam. e quando um dos desaparecidos corria risco de vida, os pingentes que carregávamos no pescoço ficavam maiores. eram pingentes em forma de caixão (mas bem bonitos, se bem me recordo).

o sonho dois foi com o Voldemort. mas o da vida real, não o da Rowling. ele era acessor de imprensa de uma banda muito foda, e muito internacional. mas continuava sendo Inominável.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

máxima da hora do almoço

"Todo corajoso tem um pouco de idiota. Mas a recíproca não é necessariamente verdadeira"

Muholland Drive

Eu morri. Daí fui pro Céu, que era mais ou menos como estar vivo, só que sem a família por perto. Aí mais alguém morreu e veio me fazer companhia, e a gente ficou sentindo saudade dos que estavam vivos, mas pelo menos não estávamos sozinhas. Então mandaram a gente ir para uma missão no mundo dos vivos, mas só depois que a gente passasse pelas provações. As tais provas não vieram -- acho que meu sonho não soube me contar o que eu tinha feito de certo e errado nessa vida, mas suponho que ter parado de fumar foi um grande acerto, então, mesmo que com média 7, eu calculei que ia passar nessa prova -- mas a gente foi para a missão mesmo assim. E aí, no mundo dos vivos, eu podia falar com as pessoas normalmente, porque eu estava em missão. Se eu não estivesse em missão, seria só um fantasma. O que era a missão? Convencer os moribundos de querer ir pro Céu, senão o Inferno mesmo seria o destino deles. Não sei qual foi o resultado da missão.

Ah, entrei nos arquivos da missão. Era um documento de word, com nomes escritos. Fui dando zoom out pra ver a extensão da coisa. Out, out, out, out, out, out, out. O desenho final era o mapa mundi. A missão era o mundo todo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

máxima do dia seguinte

"Não há bom humor persistente que um bom dentista não possa destruir"

E olha que eu nem liguei pra chuva.

Mas o café árabe depois do almoço recuperou meus ânimos. Que nem chocolate para quem foi atacado por um dementador.
:)

terça-feira, 1 de abril de 2008

máximas do dia

até o início da tarde:

"não há nada que um bom terapeuta ou um bom dermatologista não possam resolver"

depois de muito depois do começo da noite

"trabalho em excesso é sinônimo imediato de dor de cabeça crônica e, portanto, de infelicidade"


depois de mudar tão radicalmente de posição, difícil ficar no lugar e não fazer nada a respeito. mas agora... fazer o que? todos os meus planos anteriores são de médio prazo. outubro, janeiro... 2010. e olha que antes disso o cenário era bem pior: a busca inglória pela vocação nata, pela profissão certa, mas pelos motivos errados.

hoje eu sei algumas coisas: hora extra, não; autonomia e clareza, sim; operacional, não; estratégia e implantação, sim; pequenas, não; médias, depende; grandes, bring it on. salário: é difícil voltar atrás... talvez eu tenha que sofrer um pouco mais.

quem diria? eu entrei na faculdade de jornalismo porque gostava de escrever. eu larguei o jornalismo porque gostava SÓ de escrever (é, eu menti na minha redação do CA então). no "mundo real" eu descobri que gosto de tabalhar, que é possível ser feliz trabalhando, e desenhei o meu emprego ideal: funções e relações claras de trabalho, horas sensatas, salário alto, empresa estável e com visão para a inovação.

agora vou para o google procurar: workshop + literatura + ficção. deve ser mais fácil assim.