segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Um dia em setembro

A frase "podia ser melhor" se iluminou. Podia mesmo. Eu compartilhei com Gabi a infelicidade de uma alegria pela metade. Salário no bolso, carteira assinada e o mundo inteiro para sonhar. Todas as possibilidades, menos aquela que te tira da cama todos os dias as 7h. E nem é tão tarde assim. O perigo é acordar diariamente para a despaixão.
 
Foi num dia de setembro que ela comprovou uma tenebrosa suspeita: trabalho e felicidade são auto-excludentes. Mas a morte, em suas torturantes doses homeopáticas, é trabalhar sem paixão.
 
O medo não era da descoberta, mas do inevitável, a pergunta que vem a seguir: o que te move? Jornalismo, design, fotografia, economia, cinema, psicologia? Frila, ralação, expediente, hora extra, multinacional, trampo, independente? Mudar o mundo? Estudo, dedicação, equipe, direção, artesanato, burocrata, produção em série? Dinheiro, segurança, estabilidade, carreira, prazer?

Nenhum comentário: