Ontem eu perdi feio.
Durante aproximadamente 35 minutos, eu perdi para senhoras, senhores, esportistas e transeuntes, vovós caminhando e mamães passeando e crianças brincando. Todas essas figuras se mexiam mais rápido do que eu enquanto eu, pasmem, corria.
Tá bom, não era corrida. Era um trote desses bem pé-ante-pé. Ficou claro que não era rápido, mas por favor entendam quando eu digo que cansava! Cansava tanto que na semana anterior eu espremia os olhos e jogava o corpo pra frente pra ver se corria três dois minutos dessa corrida. E depois caminhava bastante pra ver se conseguia respirar de novo. Tipo, querendo morrer.
Mas dessa vez não. Fui bem devagarinho pra não gastar muito. Bem devagarinho pra chegar até o fim. Bem devagarinho pra ser ultrapassada por senhores de bengala.
Aí eu me concentrava na música pra esquecer a vergonha, depois sorria e lembrava que eu estava ganhando de uma única -- e a mais importante, nesse caso -- pessoa: eu mesma. Ou a minha versão na semana anterior, que não conseguia manter o ritmo por 5 minutos constantes. Ou a minha versão ano passado, sedentária e fumante. Ou a minha versão 10 anos atrás, "não vou fazer natação porque eu não tenho fôlego e não quero parar de fumar".
Aí no final eu soltei o pé, ultrapassei uns 5 ou 6 caminhantes (uhu!) e achei que podia correr mais umas cinco voltas daquela, mas rápido e mais invencível.
Mas não, claro que não. Ainda não.
Semana que vem a gente ganha mais um pouquinho.
terça-feira, 20 de maio de 2008
a maior perdedora
Postado por s. às 11:23
Marcadores: corrida, Ibirapuera, memória, treino
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2 comentários:
Um passo de cada vez. Hoje consigo tirar o siso e emendar uma balada na outra com três pontos na boca - e em jejum.
Uhu!
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