quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Germes e bactérias

Desde que eu escrevi aquele post sobre papel toalha versus ar quente, não pude deixar de lado um certo jeito de ver o mundo: bactérias. Agora todas as vezes que eu lavo as mãos, escovo os dentes, calço um sapato, bebo água, almoço, lavo as mãos e escovo os dentes de novo, lá está o pensamento deriavando para as bactérias, esses bichinhos ardilosos que vivem infectando nossa vida.

É culpa dos americanos, que medem tudo em bactérias. Desde o método mais eficiente de secar as mãos, até horas suficientes para se assar o peru de ação de graças. Quem você acha que criou a propaganda do sabenete Protex?!

É culpa também da minha dentista, a quem eu recentemente fiz uma visita. Ela cobre o consultório todo com magipak e sacos plásticos descartáveis transparentes. Após anos observando esse comportamento "estéril" dela, eu resolvi perguntar pra que tanta precaução. O que motivou a quebra do silêncio, na verdade, foi a constatação de uma nova técnica anti-germes: luvas para as luvas. Juro. Ela entra no consultório e, antes de sentar na cadeira, põe as luvas de borracha. Se não me engano ela até lava as luvas de borracha depois de vestí-las. Bem, aí quando ela tem que fazer algo fora da "área estéril", tipo abrir uma gaveta para pegar um espelho, atender o telefone, sei lá, em vez de tirar as luvas de borracha e usar as mãos-que-Deus-lhe-deu-para-entrar-em-contato-com-os-germes ela põe outra luva por cima - na verdade um saco plástico descartável, daqueles de cozinha. Confesso que fiquei assustada depois dessa nova modalidade, e imaginei que eu poderia estar correndo risco de vida para justificar tamanho cuidado. Mas não. General Rosângela é uma dentista caprichosa mesmo.

Saudades dos tempos que os germes e as bactérias eram apenas palavras que nossas mães usavam pra nos ameaçar. Geralmente com o assombro malgníno da dor de barriga. Eram bons tempos.

2 comentários:

felipe disse...

sua dentista chama-se Monica Geller

s. disse...

é pior, juro.