quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sobre enxaqueca e saco cheio

Sabe quando a gente bate o joelho em alguma quina, fica com ele
dolorido e nos lembrando o tempo todo de sua existência? Pois eu,
mesmo sem bater em nada, pegar friagem, passar fome ou ficar sem os
óculos me lembro, absolutamente o tempo todo, da existência da minha
cabeça. Não chega a ser uma dor insuportável, apesar de nem sempre ser
constante, e acho que já convivo com ela há uns bons anos. Ah sim, e
tem essa também, eu nunca me lembro da dor de ontem, só da de agora.
Portanto se você me perguntar o quanto senti de dor de cabeça ontem,
eu só vou saber te dar uma medida paralela, ou melho, reflexa: o
quanto ela me incomodou.

E apesar de não saber exatamente o que é que causa essa "presença" da
minha cabeça em cima do pescoço, tenho quase certeza de que a mesma
dor pode provocar quantidades diferentes de incômodo. Também tenho
quase certeza de que essa segunda medida depende do quanto eu queira
me livrar da dor. Como o visgo do diabo do Harry Potter, sabe? Se você
se desespera, ele aperta; se relaxa, escapa.

Pois ultimamente tenho muito tentado me curar. De várias maneiras:
suco de frutas de manhã, academia ou alguma atividade física que eu
não consegui praticar com freqüência até o momento, sono correto,
alimentação saudável, amigos, família, namoro. Pois aí é que a bixa
aperta mesmo: pra conseguir botar em prática alguns desses bons
hábitos é preciso ter uma rotina 8h-8h-8h. Trabalho, sono e lazer bem
equilibrados. Rá! Matou a charada?

Pois eu descobri o nó e por nada no mundo consigo desatar: tive crises
piores de enxaqueca que me deixaram completamente descapacitada para
qualquer coisa. Entrementes, não consegui um espaço na agenda pra
praticar algum exercício sem diminuir ainda mais o tempo de sono, que
já anda no mínimo. E o trabalho não dá o menor sinal de aliviar a
barra. Ai.

Ainda bem que tem feriado.
Aí, na quinta-feira, a gente vive assim: de véspera.

Um comentário:

Di Giacomo disse...

Cerveja ajuda.
Vodka cura.
Mas no dia seguinte, ninguém segura...