quinta-feira, 24 de abril de 2008

presente matutino

(que acabou de chegar)

PASSAGEM DAS HORAS

 

Trago dentro do meu coração,

Como num cofre que se não pode fechar de cheio,

Todos os lugares onde estive,

Todos os portos a que cheguei,

Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,

Ou de tombadilhos, sonhando,

E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

 

(...)

 

Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.


3 comentários:

descalça disse...

mto bom!

Rafael disse...

Os poemas do Fernando Pessoa já renderam muitos comentários... Agora, o do genocídio das formigas é excelente.... eu odeio formigas e baratas, que sorte a nossa não vem em tanta quantidade...
beijo
Rafa

Anônimo disse...

Aprendi muito