sexta-feira, 4 de abril de 2008

Muholland Drive

Eu morri. Daí fui pro Céu, que era mais ou menos como estar vivo, só que sem a família por perto. Aí mais alguém morreu e veio me fazer companhia, e a gente ficou sentindo saudade dos que estavam vivos, mas pelo menos não estávamos sozinhas. Então mandaram a gente ir para uma missão no mundo dos vivos, mas só depois que a gente passasse pelas provações. As tais provas não vieram -- acho que meu sonho não soube me contar o que eu tinha feito de certo e errado nessa vida, mas suponho que ter parado de fumar foi um grande acerto, então, mesmo que com média 7, eu calculei que ia passar nessa prova -- mas a gente foi para a missão mesmo assim. E aí, no mundo dos vivos, eu podia falar com as pessoas normalmente, porque eu estava em missão. Se eu não estivesse em missão, seria só um fantasma. O que era a missão? Convencer os moribundos de querer ir pro Céu, senão o Inferno mesmo seria o destino deles. Não sei qual foi o resultado da missão.

Ah, entrei nos arquivos da missão. Era um documento de word, com nomes escritos. Fui dando zoom out pra ver a extensão da coisa. Out, out, out, out, out, out, out. O desenho final era o mapa mundi. A missão era o mundo todo.