Er, quer dizer, na verdade adiantaram-na.
No blog do Josias (sim, de novo): campanha do TSE pede ao eleitor que vigie os eleitos.
Totalmente apoiado.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Bárbara, roubaram nossa campanha!
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idéias, finalmente
Não faz tanto tempo assim que eu acompanho o noticiário político, mas taí um acordo que eu gostei de ver, quer ele seja honrado ou não: é inédito, dessa vez não negociamos cargos, e sim propostas. Propostas boas, diga-se. DEM e PSDB terão minha simpatia caso o governo não cumpra sua parte.
Folha Online - Blogs - Josias de Souza: "“Nós concordamos em aprovar a DRU [Desvinculação das Receitas da União] porque houve um acordo”, lembra José Agripino Maia (RN), líder do DEM. “O governo nos deu a sua palavra, pela voz de Romero Jucá, de que não haverá aumento da carga tributária. Se vierem com a conversa de aumento de IOF, de IPI ou de qualquer outro imposto, a guerra estará declarada.”"
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007
The Golden Suicides: Entertainment & Culture: vanityfair.com
The Golden Suicides: Entertainment & Culture: vanityfair.com: "“At the quarry in July,” she wrote, “my cousins told me the water was ‘bottomless,’ and so I hugged the shore and learned to swim in the Lapeer library instead, suspecting already exactly what the limitless meant Ever after I knew all the haunted shades of meaning that were captive in other people’s words. And for that they called me mad.”"
Acho incrível que o mesmo Beck, cuja música dá nome a este blog, esteja envolvido certamaneira nessa história.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
mexico city
posada viena
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e lojinha lsi
uhu
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yay!
agora falta descobrir a previsão do tempo para mexico df
;)
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
sinal dos tempos
"e, no final das contas, éramos 2 putos bebendo juntos novamente"
M. em uma situação que nunca achamos que aconteceria mas, convenhamos, era mais que natural.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
teeestando. som, som.
vamvê como é que funciona essa história de google maps no blog.
pode mudar a maneira como eu vou enxergar minhas férias (que serão passadas em sua maior parte aqui:)
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Boas Festas
"Faço votos de que no ano que vem você encontre a medida da sua agressividade. Não para atacar os ouros. A agressividade para se posicionar e se defender"
LR
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
requinte e sofisticação: duas coisas que não queremos.
Aula de etimologia
Sofisticar: enganar com sofismas
Requintar: qualquer semelhança com requentar não terá sido mera coincidência
Tudo enganação.
Em tempo: eu compraria um dicionário etimológico se não fosse tão absurdamente caro. Bom, o Natal tá aí, alguém se habilita?!
:D
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
quote of the day
"Sai logo da frente que eu quero sair da subida para ligar o ar condicionado!"
Ric, numa demonstração explícita de vida 1.0
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Invasão de Domicílio
Eu gosto muito de filmes, mas tenho um problema sério com horário e pontualidade, de maneira que o cinema não é meu amigo. Mas a vídeo-locadora...! Adoro ver filmes em casa, debaixo do cobertor, roupa confortável, comida e bebida à vontade e o abraço da companhia certa. Pois ontem pegamos um filme no improviso, escolhido na hora, sem referências anteriores. Invasão de Domicílio. Não vou nem comentar a péssima tradução do titulo original, Breaking and Entering, porque sinceramente, não prestamos tanta atenção assim ao titulo em português.
Confesso que foi mesmo o elenco que ajudou na hora da escolha: Jude Law (que, sozinho, valeria o filme mesmo que fosse uma bomba como O Amor Não Tira Férias. Ah, Jude...) e Juliette Binoche.
Ao lado de Robin Wright Penn, Jude Law vive um relacionamento morno, educado, beirando o desgaste. Quando seu novo escritório de arquitetura, no decadente bairro londrino de King’s Cross, é invadido e seus computadores roubados, um turning point começa a se desenhar na vida de Will Francis (Jude Law).
As mudanças são tão sutis, e suas nuances tão bem construídas, que é besteira falar mais sobre a trama. Mas não é isso que surpreende sobre o filme, e sim os outros detalhes. O diretor (confesso que só reparei no nome quando subiram os créditos), Anthony Minghella, de Cold Mountain, O Talentoso Mr Ripley e O Paciente Inglês (caramba, com tanta referência boa como é que eu só fui reparar no figura no final do filme? Acontece...) dá a cada detalhe o seu espaço preciso, seu momento de glória. O lettering da abertura sai de cena com uma graça pertinente. A trilha sonora tem no roteiro a escada que a leva para o ápice. A direção dos atores cresce, com momentos ora mais fortes, ora mais delicados. Até a fotografia, que não é marcante, na maior parte do tempo, tem o seus segundos de reinação absoluta.
Eis o que me impressionou na direção de Minghella: nenhum elemento briga com seu próximo. Roteiro, atores, luz, som, montagem, todos trabalhando em harmonia. Ao mesmo tempo, cada um desses elementos tem o seu momento, seu espaço para brilhar. Sem exageros, sem perder o tom.
Muito bom.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
mensagem ao meu amigo secreto (ou oculto, vá lá forasteiros!)
eu gosto de sexo, drogas *E* rock'n roll (vai ser baba comprar um presente pra mim esse ano). e também gosto do melhor que as pessoas tem para dar. então, basicamente, me diz você (ou se preferir só pense): do que você gosta mais, sexo, drogas ou rock'n roll? nenhum? vamos tentar traduções: prazer, auto-indulgência ou música?
aí basta escolher alguma coisa que você goste, e que você acha que eu vá gostar. com base... bom, nisso.
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...
eu fiquei triste por ter ficado tão triste.
faz sentido?
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quinta-feira, 29 de novembro de 2007
(no olvidar)
top 4 expressões que a gente mais gosta em español:
>> sí, ?como no?
>> yo tampoco
>> por supuesto
>> me dá igual
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Quote of the day
"Não deixa ele te filmar, isso aí é do Kassab!"
aposentados-desocupados no Parque da Luz para Alexandre Hohagen, presidente do Gooogle do Brasil, em seção de fotos para a revista Época Negócios na Pinacoteca
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Germes e bactérias
Desde que eu escrevi aquele post sobre papel toalha versus ar quente, não pude deixar de lado um certo jeito de ver o mundo: bactérias. Agora todas as vezes que eu lavo as mãos, escovo os dentes, calço um sapato, bebo água, almoço, lavo as mãos e escovo os dentes de novo, lá está o pensamento deriavando para as bactérias, esses bichinhos ardilosos que vivem infectando nossa vida.
É culpa dos americanos, que medem tudo em bactérias. Desde o método mais eficiente de secar as mãos, até horas suficientes para se assar o peru de ação de graças. Quem você acha que criou a propaganda do sabenete Protex?!
É culpa também da minha dentista, a quem eu recentemente fiz uma visita. Ela cobre o consultório todo com magipak e sacos plásticos descartáveis transparentes. Após anos observando esse comportamento "estéril" dela, eu resolvi perguntar pra que tanta precaução. O que motivou a quebra do silêncio, na verdade, foi a constatação de uma nova técnica anti-germes: luvas para as luvas. Juro. Ela entra no consultório e, antes de sentar na cadeira, põe as luvas de borracha. Se não me engano ela até lava as luvas de borracha depois de vestí-las. Bem, aí quando ela tem que fazer algo fora da "área estéril", tipo abrir uma gaveta para pegar um espelho, atender o telefone, sei lá, em vez de tirar as luvas de borracha e usar as mãos-que-Deus-lhe-deu-para-entrar-em-contato-com-os-germes ela põe outra luva por cima - na verdade um saco plástico descartável, daqueles de cozinha. Confesso que fiquei assustada depois dessa nova modalidade, e imaginei que eu poderia estar correndo risco de vida para justificar tamanho cuidado. Mas não. General Rosângela é uma dentista caprichosa mesmo.
Saudades dos tempos que os germes e as bactérias eram apenas palavras que nossas mães usavam pra nos ameaçar. Geralmente com o assombro malgníno da dor de barriga. Eram bons tempos.
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terça-feira, 27 de novembro de 2007
A volta dos que não foram
Pra não perder o bonde dos revivals, Extreme (ahn, More Than Words?) anuncia uma turnê para o ano que vem. Dava pra passar sem, neam?
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
eu preciso
não saber do resto do mundo.
nada, ninguém.
para que o que eu tenho seja puro, belo e claro. pleno.
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terça-feira, 20 de novembro de 2007
O dilema do banheiro
Eis uma pergunta que sempre me incomodou. Qual é o jeito mais ecológico de secar as mãos: toalhas de papel ou ar quente?
O ar quente é sempre vendido como a opção verde. MAS, em tempos de apagão, racionamento e estiagem na força hidrelétrica brasileira sabemos que a energia aqui custa caro. Este artigo da Salon.com analisa a questão do ponto de vista norte-americano (que tem outro perfil energético e provavelmente cuja indústria de papel também tem outras características). Os números, portanto, não se aplicam o Brasil, mas ajudam a pensar sobre a questão.
Aliás, a autora joga ainda uma segunda variável no caso: qual dos dois métodos de secar as mãos as deixa mais limpas -- ou seja, com menos bactérias. Ná prática esse quesito não se aplica à minha pessoa, porque eu fico com as mãos no ar quente até elas ficarem completamente sequinhas e quentinhas, o que garante menos bactérias ;)
A terceira via, para quem quer menos emissão de carbono e menos infectação, diz ela, é bem simples: seque no seu próprio jeans.
Sei não.
Ah, roubei essa do site da Piauí.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Informe Tendências & Palminhas
Swamp water, o lançamento mais glamouroso da estação
Hoje, na badalada Vila Madalena, o clube in do jornalismo brasileiro se reúne para provar a bebida do momento: a versão hypada da excêntrica "água de valeta". Underberg, raspas de limão siciliano e água com gás San Pelegrino compõem a receita chique da felicidade.
Enfim um release decente. Publiquei sem edições.
;)
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quarta-feira, 14 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
O idiota enxerga o dedo
enquando o sábio aponta para a lua.
E assim governo e oposição "discutem" a aprovação ou não da CPMF (que no meu entender é até um imposto justo, apesar de ter o P de provisório no nome, porque é diretamente proporcional à renda, sem cotas. É insonegável e um bom monitor para fraudes fiscais, além de ser um jeito bem eficiente de monitorar o real tamanho da economia brasileira). E a chance de botar em pauta uma reforma tributária ampla, geral e definitiva vai passando... bem longe.
Às vezes eu penso que tanta brasileirice não é má fé. É burrice da grossa: falta de visão (e de memória).
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sexta-feira, 9 de novembro de 2007
with great power comes great responsability
mas eu só sinto muito sono
|-O
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quinta-feira, 8 de novembro de 2007
verb
Todo sentimento
Chico Buarque
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
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não esqueça:
Meu nome é KAUAN
Minha idade é 10 meses
Minha roupa Tamanho 2 anos, um pacote de fralda e um par de meia
Meu sapato é 21
Um brinquedo, uma lata de leite em pó
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
o que Luciano Huck deveria ter aprendido com Silvio Santos
Ok, todo mundo já está careca e a discussão está batida. Mas, não sei
como, vira e mexe alguém fala no caso do Luciano Huck de novo. E eu
tinha ficado bem quietinha até agora porque 1) não li o artigo do dito
cujo 2) não li nenhuma crítica da "classe média pequeno burguesa" que
foi criticada pela Veja. Em suma, não acompanhei nada em primeira mão,
e é só daqui, do alto da minha percepção distante, que eu lanço minha
opinião.
Não é difícil entender, na verdade, o lado de ninguém. Eu ia começar
pela classe média, mas mudei de idéia. Luciano Huck parece ser um
jovem honesto e esforçado. Começou a trabalhar cedo e teve o suor e o
talento devidamente reconhecidos. Teve o azar de nascer muito rico,
mas compensa isso fazendo um trabalho assistencial muito bem feito em
alguma favela do Rio de Janeiro, onde capacita jovens pobres a
trabalhar no mercado do áudio-visual (não é um mercado muito quente
nem promissor, diga-se, mas pelo menos o Rio tem o Projac - já é
algo). Ele também é um idealista, escolheu não andar de carro
blindado, mesmo depois de ter sido seqüestrado. Em meio a tanta
retidão moral, Luciano Huck foi assaltado em plena luz do dia, num
bairro de classe alta de São Paulo. Levaram-lhe o Rolex. Huck ficou
devidamente indignado.
A classe média soube da indignação de Huck pela Folha de S.Paulo. O
Brasil que lê a Folha de S.Paulo às vezes a gente se esquece da classe
média e pensa que no Brasil só existe Fome Zero e corruptos.
Miseráveis e milhonários. A própria classe média se esquece da classe
média porque, verdade seja dita, ninguém quer ser classe média. (Seu
chuveiro fica pelando quando o vizinho de cima dá a descarga? Junte-se
a nós e leia Mario Prata) Mas é a classe média quem enfrenta,
diariamente, a violência. Numericamente, quem sofre mais o efeito da
violência é essa gente, que não tem carro blindado, nem segurança, nem
motorista -- por falta de opção. Que às vezes nem carro não tem, nem
grade no portão, nem ônibus que faça o trajeto da concessionária que
foi descredenciada e ninguém subtituiu. Gente que no caminho de casa
para o trabalho corre o risco diariamente de ter, não o relógio, que
esse não vale nada, mas o dinheiro amassado, o celular que ainda não
foi pago, a segunda via dos documentos.
Quando a classe média soube da indignação de Luciano Huck, idignou-se
justamente. Não que não seja possível entender o lado do famoso e bem
casado apresentador. Mas quem é que vai entender o lado da classe
média, que sofre diariamente a violência e, por não ser rica nem
famosa nem bem casada nem da Globo, não pode manifestar sua
indignação?! Luciano Huck foi vítima sim -- de sua própria falta de
tato. Porque não discutiu nenhuma proposta, nenhuma crítica pontiaguda
que leve a alguma ação. Mostrou para a classe média o que a classé
média já conhece de velha.
Devia ter feito como seu Silvio Santos, que distribui dinheiro e chama
as mulheres da platéia de colegas de trabalho. E as mulheres da
caravana de Piraporinha do Bom Jesus se enfileiram pra ver ele rir
charmosamente e não fazer nada pra melhorar o Brasil.
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quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Sobre enxaqueca e saco cheio
Sabe quando a gente bate o joelho em alguma quina, fica com ele
dolorido e nos lembrando o tempo todo de sua existência? Pois eu,
mesmo sem bater em nada, pegar friagem, passar fome ou ficar sem os
óculos me lembro, absolutamente o tempo todo, da existência da minha
cabeça. Não chega a ser uma dor insuportável, apesar de nem sempre ser
constante, e acho que já convivo com ela há uns bons anos. Ah sim, e
tem essa também, eu nunca me lembro da dor de ontem, só da de agora.
Portanto se você me perguntar o quanto senti de dor de cabeça ontem,
eu só vou saber te dar uma medida paralela, ou melho, reflexa: o
quanto ela me incomodou.
E apesar de não saber exatamente o que é que causa essa "presença" da
minha cabeça em cima do pescoço, tenho quase certeza de que a mesma
dor pode provocar quantidades diferentes de incômodo. Também tenho
quase certeza de que essa segunda medida depende do quanto eu queira
me livrar da dor. Como o visgo do diabo do Harry Potter, sabe? Se você
se desespera, ele aperta; se relaxa, escapa.
Pois ultimamente tenho muito tentado me curar. De várias maneiras:
suco de frutas de manhã, academia ou alguma atividade física que eu
não consegui praticar com freqüência até o momento, sono correto,
alimentação saudável, amigos, família, namoro. Pois aí é que a bixa
aperta mesmo: pra conseguir botar em prática alguns desses bons
hábitos é preciso ter uma rotina 8h-8h-8h. Trabalho, sono e lazer bem
equilibrados. Rá! Matou a charada?
Pois eu descobri o nó e por nada no mundo consigo desatar: tive crises
piores de enxaqueca que me deixaram completamente descapacitada para
qualquer coisa. Entrementes, não consegui um espaço na agenda pra
praticar algum exercício sem diminuir ainda mais o tempo de sono, que
já anda no mínimo. E o trabalho não dá o menor sinal de aliviar a
barra. Ai.
Ainda bem que tem feriado.
Aí, na quinta-feira, a gente vive assim: de véspera.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2007
for those who need an audience
meu preço é alto e meu tempo é curto. tipo um recurso natural em
escassez: não me desperdice.
juro, hoje eu quase espanei.
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quote of the day
"O jornalismo é como uma cachaça, que às vezes a gente enjoa"
NB
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banco de horas
você compensa o excesso de trabalho e as pessoas no dia seguinte te perguntam:
- está melhor?
hmm, suponho que justiça é para os fracos. interessante...
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várias coisas que eu odeio
gente dissimulada
gente egoísta
gente arrogante e insegura
gente mal humorada
hmm, acho que odeio mais as pessoas que as coisas por fim.
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Pra não ficar não dito
O engraçado é que o amor tem efeitos diferentes nas pessoas.
O nosso amor, pelo menos. Não é à toa que eu nunca fui tão otimista.
(E obrigada por isso -- pena que eu não pude fazer o mesmo por você)
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
O dia em que eu não quis mais mudar o mundo
Hoje eu acordei pensando numa cartilha que ensinasse as pessoas a
votarem. Votarem e acompanharem seus votos, entrar em contato com seus
deputados e senadores, fazer valer seus direitos, se sentirem
representados. Oficinas nas escolas na época das eleições, nos cursos
profissionalizantes ("vocês, que em breve serão contribuintes...!"),
nas listas de discussão, com licensa creative commons para qualquer um
baixar e propagar. Uma cartilha que talvez fizesse uma infinitésima
diferença daqui a décadas, e que por isso não me angustiaria. Que a
idéia não era fazer a diferença, era fazer correto e deixar que o
universo fizesse o resto. Era ser coerente e ficar tranqüilo.
Daí cheguei no trabalho de manhã e... bom, passou.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2007
If you look too long you can no longer look away
Era pra ser um texto sobre dumpstering, ou: a busca por comida boa nas lixeiras norte-americanas (eu sinceramente não sei como isso funcionaria no Brasil). Quem escreveu foi a Mamãe Anarquista e é simplesmente muito bom.
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Ja-já eu vou
Sabe, eu quase não te dei razão. É bom ganhar dinheiro, ter independência, investir nessa auto-estima. É bom e é fácil. E eu sabia que você não ia querer. Talvez porque nunca tenha feito isso antes. Talvez porque o custo de oportunidade ainda seja muito alto e acordar todo dia ao meio dia continue sendo a melhor opção.
Sabe, eu quase fiquei chateada com a sua decisão. Mas aí as pessoas começam a te tratar como um zé-ninguém. Não ouvem o que você fala, não perguntam. Mandam. Desmandam. Ignoram. E te atropelam como se o salário no final do mês fosse um sinal dessa troca injusta: você me dá o seu trabalho e eu te cobro a sua vida. Não é exagero, é a vida pessoal que entra nessa conta, é a saúde, o bem-estar, o lazer. Todas essas coisas boas de se aproveitar com o dinheiro de um salário gordo e suado. Mas o que não se pode aproveitar com um soldo injusto.
O que você não sabe é que não é pra sempre, é só passagem.
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Lorem ipsum
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.
Eu sempre quis ter esse texto falso
=D
Postado por s. às 14:12 0 comentários
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Não é
Porque casamento pressupõe talvez aquele pacote todo. Festa, buffet, madrinhas e padrinhos, crianças correndo pelo salão, vestido branco bufante, fotos pro álbum, vídeo sem graça, lua de mel, despedida de solteiro, chá de cozinha, família emocionada, presentes caros, convites impressos, banda, lembrancinha, igreja, flores.
Quanto tempo dura? Não o evento, mas a situação. Diz a experiência familiar que não é preciso ser famoso para um matrimônio caro e curto.
Mas é, também, porque eu nunca quero que seja diferente.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007
O dia em que o holerite salvou o emprego
Foi, na verdade, um dia que durou pouco. Ou melhor, uma noite.
Na manhã seguinte já era tudo difícil de novo. Menos o cashflow.
Ah, eu não quero estar à venda...!
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
depois eu colo lá na outra...
ride fast, going nowhere
you got my eyes
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Lunchtime lessons
"Gerúndio é que nem calça colorida: você tem que pensar muito antes de usar"
(Vieira)
"Cuba é que nem gordinho jogando bola: ninguém liga, só finge. 'É, ó lá, gol do gordinho'."
(Vieira - ele estava inspirado)
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Só porque eu não posso me esquecer disso
infográfico virou INFOMÉTRIO
:S
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Today's Lessons
Estranhamento não é preconceito
Chique é ser livre
O que é marcante e potencialmente traumático precisa ser dito, comunicado à exustão. Para diluir, por falta de uma expressão melhor
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Um recorte para a caixinha
Antes do del.icio.us, era assim que a gente fazia: pegava o jornal, recortava a notícia (ou o texto, ou a ilustração) e guardava numa pastinha. Um dia minha tia teve que escrever um texto. Ela precisava explicar por que passara os seis meses anteriores pintando enormes quadros à acrílica, com imagens coloridas de legumes e verduras. Ela escreveu o texto. Usou direitinho o que sabia que o professor ia querer ler (sim, tinha um professor envolvido na história) e escreveu um texto medíocre. Não conseguiu dormir. Acendeu o abajur onde ela guardava a caixinha dela (a pastinha é minha, ok?). Resenhas de livros que ela nunca leu, entrevistas com pessoas que ela não conheceu, críticas de filmes que ela amou. Obituários, anúncios de casamentos e quedas de presidentes. Tudo cabia ali, e tudo o que lá estava dava sentido para o que não entrou na caixinha. Ela reescreveu o texto. Botou ali um pedaço de si e muito pouco do que o professor realmente esperava ler. Como uma criança feliz, passou duas semanas contando essa história (e hoje quando minha avó pergunta dez vezes a mesma pergunta, meu pai se lembra das crianças felizes que não se lembram se já contaram vezes suficientes a mesma empolgante história. Eu gosto de pensar na vovó assim).
Isso porque: uma vez eu li uma entrevista com um cara que parecia ser chato. Talvez ele até seja, mas disse umas coisas legais, dessas que reverberam com as outras coisas da caixinha. Daí eu recortei a notícia para levar pra casa (ah, sim, o jornal não era meu), mas esqueci o recorte em cima da mesa.
Ei-lo, aqui.
Ou aqui:
+ Literatura
Boca de Lobo
Neto de brasileiro, o português Lobo Antunes se queixa de ter sido transformado em monumento literário, alfineta Saramago e diz que no futuro o idioma pátrio será um dialeto
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
E m pouco mais de três anos, quatro livros do escritor português António Lobos Antunes, 64, foram lançados ou relançados no Brasil pela editora Alfaguara/Objetiva. Um novo título acaba de chegar, "Eu Hei-de Amar uma Pedra" (2004), e o autor, que não vem há 24 anos ao país onde nasceu seu avô, ensaia uma volta. "Sou um homem generoso. Resolvi deixar o Brasil para Saramago, coitado, e ficar com o resto do mundo", ironiza. "Mas acho que vou começar a querer o Brasil para mim." Leia trechos da entrevista que Lobo Antunes deu à Folha, por telefone, de Lisboa.
FOLHA - O sr. recebeu recentemente o Prêmios Camões, e, aos poucos, parece que se forma uma consenso em torno da qualidade de sua obra, para a qual faltaria apenas um Nobel. A idéia de unanimidade agrada, incomoda ou pouco importa?
ANTÓNIO LOBO ANTUNES - Prêmios não têm nada a ver com literatura. Não tornam os livros melhores nem piores. São uma coisa midiática que dura muito pouco tempo. São bons quando trazem muito dinheiro. Mas não se pode se ligar a esse negócio. Tantos grandes não ganharam nenhum prêmio...
FOLHA - Em "Eu Hei-de Amar uma Pedra", um homem observa fotografias antigas e recorda fatos corriqueiros e experiências sentimentais. Como surgiu a idéia de ancorar a narrativa em fotografias?
LOBO ANTUNES - Não estava pensando em narrativa nenhuma. Como já disse outra vez, o que quero é colocar a vida toda entre as capas do livro. Esse foi um livro especial porque foi o único que me veio de fora para dentro. Haviam me contado a história de um casal velho que se encontra uma vez por semana, durante 40 anos, numa hospedaria de Lisboa. Isso me impressionou, e o ponto de partida foi esse. Depois, como em todos os livros, é um processo de elaboração interior, grande parte do qual não me é consciente. No começo eu tinha uma narrativa, mas depois fiz como uma hiena e comecei a comer o corpo vivo daquilo. Então ficou tudo fragmentado, estilhaçado...
FOLHA - Mas o expediente de dividir os capítulos iniciais em "fotografias" também foi inconsciente?
LOBO ANTUNES - Em parte, sim. Quando começo um livro, tenho muito pouca coisa, sou pobre como um morto. As coisas vão vindo à medida que escrevo. Quer dizer, não tenho idéias. São as palavras que geram as palavras. Então tudo que tenho de fazer é treinar a mão. Mas normalmente as primeiras duas horas são perdidas porque os mecanismos conscientes ainda estão muito vivos. A sua autocensura, a lógica etc. Quando eu começo a ficar cansado, então as associações saem de forma mais livre, e o livro começa a descer.
FOLHA - "Eu Hei-de Amar..." saiu em 2004 em Portugal. Ele destoa bastante dos anteriores, por não tratar de Angola, da sua experiência com a guerra. Foi uma ruptura intencional?
LOBO ANTUNES - É evidente que os três primeiros livros estão carregados de autobiografia, como todos os primeiros livros. Você, depois, necessita se libertar desta carga autobiográfica para ser ainda mais profundamente autobiográfico, mas de outra maneira. Não mais por meio de fatos. "Memória de Elefante" (Objetiva), "Conhecimento do Inferno" e "Os Cus de Judas" (ambos Alfaguara) eram muito ligados a acontecimentos e realidade imediatos. Tenho a sensação hoje de que precisava me libertar para tentar coisas mais ambiciosas...
FOLHA - E, nesse sentido, ele satisfez suas ambições?
LOBO ANTUNES - Acho que você só pode começar um livro quando está seguro de que não pode fazê-lo. Lembro que, quando comecei a escrever este livro, pensava: "Para descrever uma relação como esse casal tinha era necessária uma mão muito delicada". E eu não achava que tivesse uma mão tão delicada assim para tratar dessa relação com todo o respeito. Porque as pessoas dos livros, mesmo que sejam só vozes, acabam por adquirir uma densidade tão carnal, tão humana que, quando se está a trabalhar neles, vive-se rodeado de fantasmas, que têm uma realidade mais real do que as pessoas autênticas. E você nem sequer pode mandar neles porque o livro é um organismo vivo e ele fura o plano...
FOLHA - Sendo não imediatamente autobiográfico, "Eu Hei-de Amar..." serve melhor à sua intenção de escrever um livro ligado a palavras, e não a idéias?
LOBO ANTUNES - O problema é que um livro não se faz com idéias, e sim com palavras. E isso está muito patente, por exemplo, na poesia. E, por meio das palavras, você provoca emoções, mais do que idéias. A adesão é emocional e afetiva em qualquer obra de arte. O melhor crítico de teatro é a bunda. Quando a peça não é boa, ela começa a doer.
FOLHA - O sr. tem medo de "perder a mão"?
LOBO ANTUNES - Meu único medo é sempre o mesmo: não desiludir as pessoas que tiveram sempre em mim, desde quando comecei, uma fé que nunca partilhei. E agora me transformaram nessa espécie de monumento, com todos esses prêmios, traduções em todo o mundo... Então tenho cada vez mais medo porque sei que um dia posso começar a me repetir. Eu tenho a impressão de que uma pessoa nasce com um certo número de livros dentro dela. E é muito penoso, por vezes, ver os livros finais de um escritor que escreve mais livros do que aqueles com que ele nasceu. Quando começam a se tornar um pouco plagiadores de si mesmos. Como os últimos de Hemingway, Faulkner etc...
FOLHA - "Eu Hei-de Amar uma Pedra" se trata de uma história de amor impossível?
LOBO ANTUNES - Não sei se os amores são possíveis ou impossíveis. Uma história de amor é uma coisa muito complicada. Porque, se você não é capaz de reinventar o cotidiano, então o amor acaba. Porque, numa história de amor, nós exigimos sempre duas coisas: por um lado, o cotidiano, a rotina. Por outro, a surpresa. E é muito difícil conseguir juntar as duas coisas. Não deixar que uma relação naufrague no dia-a-dia e se transforme em hábitos instalados. Você vai conhecendo tudo do outro e, com o tempo, corre o risco de vir a usura.
E aquilo que você vê hoje em dia é que a maioria das pessoas, homens e mulheres, vivem monogamias suicidas. É evidente que teria adorado viver uma relação de 30 anos com alguém. Eu duvido que pessoas como o Vinicius [de Moraes], que se casou nove vezes, tenham sido felizes. Eu duvido, mas pode ser que sim...
FOLHA- Como se explica o fato de o sr., que é neto de brasileiro, ter estado tão distante do Brasil?
LOBO ANTUNES - Eu sou um homem generoso. Resolvi deixar o Brasil para Saramago, coitado, e ficar com o resto do mundo. Agora, falando a sério, o Brasil me é tão próximo de sangue, porque meu avô nasceu aí e se chamava António Lobo Antunes. Mas, paradoxalmente, não tive nunca muita pressa de ser publicado no Brasil. Tinha a impressão de que ia acontecer o mesmo que em Portugal, onde fui muito criticado nos primeiros livros, até agora se fazer esta unanimidade. Agora eu sou chuchu aqui. Mas minha consagração, para usar uma palavra católica, veio do estrangeiro. Dos EUA, da Espanha, Alemanha, França. Mas meu avô foi vital para mim. Foi o homem que mais amei, o homem que mais amor me deu. Eu era o filho mais velho do filho mais velho dele. E fui um pouco educado à moda do Brasil, em Lisboa. De Belém do Pará. À maneira daquela parte do Brasil, conservadora, patriarcal... Eu saía para a rua e tudo era diferente do que se via em casa. Era estranho. Estava fugindo sempre para a casa do meu avô. De certa maneira isso tudo continua dentro de mim desde a infância...
FOLHA - Há quantos anos o sr. não vem ao país?
LOBO ANTUNES - Desde 1983. Há 24 anos não vou. Estou sempre recebendo convites, mas para mim é difícil trabalhar no Brasil. As tentações são muito grandes. Mas estou pensando em ir. São tantos os convites que preciso aceitar. Acho que vou começar a querer o Brasil para mim... Mas estava pensando em ir para o ano. Por causa dos prêmios, fui à Argentina, Colômbia, México. E não ter ido ao Brasil é uma injustiça muito grande, porque devo muito à cultura brasileira. Os livros que eu lia em criança eram os do meu avô. Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Raul Pompéia, tudo isso.
FOLHA - O sr. acredita ter influenciado escritores portugueses ou seria prematuro falar disso?
LOBO ANTUNES - Se você ler a literatura que se está fazendo, há muita gente a escrever a la Lobo Antunes. É muito curioso isso. Mas talvez não seja mal começo, e espero que eles encontrem a voz deles... É mais ou menos inevitável, mas não me parece que seja saudável, porque se escreve e publica pouco em países que têm clima bom. Você encontra mais poesia do que livros de prosa. Porque, para escrever um livro desses, tem de estar trabalhando como um cão por dez anos. E a maior parte dessas pessoas não é de escritores profissionais. São jornalistas, médicos, engenheiros, empregados de escritório etc. Não têm tempo, não podem somente escrever quando chegam em casa. É um trabalho como outro qualquer, tem de trabalhar o tempo todo nisso, senão aquilo que se faz não é bom.
FOLHA - Quantas horas o sr. costuma trabalhar diariamente?
LOBO ANTUNES - Agora estou no meu ritmo normal de 10, 11 horas por dia. Não há mérito nenhum, é só uma questão de disciplina, se se quiser fazer um trabalho decente.
LOBO ANTUNES - Ele disse isso? Bem, não comento as minhas opiniões, que dirá a dos outros.
Acho que é inevitável que daqui a uns 500 anos nossa língua seja um dialeto e vamos todos provavelmente falar inglês. Mas não estou preocupado com isso. Acho extraordinário que as pessoas tenham tantas idéias. Eu não tenho muitas. E sobretudo não sei fazer futurologia. Me sinto bem sobretudo na minha língua. E nesta cidade [Lisboa], por causa da sua luz...
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terça-feira, 25 de setembro de 2007
Momento
Daqueles que emocionam, lembra?
Serena - who sold the world says: (6:43:38 PM)
como vai o herdeiro? :D
jo says: (6:43:56 PM)
vai bem. 20cm
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segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ah, é!
Porque eu adoro pensar em nicks para o messenger, e odeio que o gtalk não deixa a gente customizar tanto quanto o concorrente.
Essa é só de trechos de música
F... me pumps
Thunder-chasing the wind
Violently happy
Dressed up like a car crash
Jukebox money
Shoebox of photographs
Beneath the mango tree
(ongoing)
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quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Serena, you're happier than 69 percent of the other people...
For example, your test results show that your level of personal growth is one of the things that helps you feel happier overall. This means that for the most part you are actively focused both on exploring yourself and expanding your life's impact. You may also tend to view your existence as a glorious work in progress. Being guided by this strong sense of purpose can help you feel capable of changing things for the better, for yourself as well as for others.
While your personal growth has a positive impact on how happy you are, it's still not the biggest factor that affects your overall happiness. Want to know which area of your life makes you the happiest?
Your personalized Plan for Happiness will tell you. And it's ready right now!
-- quer comprar um Plano Para A Felicidade?
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segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Um dia em setembro
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quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Leve
Eu sempre achei que era melhor ser segura do que livre.
O que eu não sabia era que me faltava orientação, e não determinação.
Bem, logo-logo essa gaiola vai ficar pequena.
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terça-feira, 11 de setembro de 2007
Inspira... espira...
Você mudou o ar ao meu redor. Mudou a atmosfera, o tempo, o passar do tempo. Mudou meu humor e minha rotina. Mudou tanto e com tanto gosto que eu nem me lembrava de ser difente. Nem queria ser diferente. Nem quero. Menos agora, que eu tropecei, torci o pé, perdi o equilíbrio, te arranhei e passei a viver sem ar e com dor de barriga. Menos agora que eu tenho medo de te arranhar de novo. Menos agora que diferente lembra palavrão e me faz odiar o mundo e seus iguais. Agora que eu também tenho vontade de me esconder, ficar bonita e confortável até a tempestade passar. Eu preciso de 5 minutos de tranqüilidade, um abraço sem fim, um fim de semana normal, perder o medo do mundo.
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anxiety attack
eu já senti isso uma vez. palpitação, dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritabilidade, vontade de sair correndo, de não fazer nada, até de chorar.
ansiedade, em suma.
merda, imparez! porque você foi apontar os sintomas? "mais um café? ansiedade! e você não fuma? vixe..". ta certo, eu estava merecendo uma desmontada, depois de tantas que eu te aprontei. mas não agora, não assim.
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segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Calarfundo
Você tem medo de não ser tudo o que você quer
Mas você não tem medo de ser tudo o que você é
(LR)
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terça-feira, 28 de agosto de 2007
Eclipse da lua
Se você for embora eu perco a fé no mundo. Não duvido nada que eu me mate, ou ande vivendo como um zumbi até morrer de tristeza. Se você for embora vai levar junto a minha vida. É sério, não estou falando isso só para você tirar a mão da maçaneta.
É tão sério que eu quase não me importo se você vai ou não abrir a porta. Porque eu não tenho essa dúvida, o que será de mim? Eu sei o que será.
O medo, esse companheiro desnecessário, que eu sentirei sempre - quer você chame o elevador ou não - é o de ter me enganado tão redondamente. Veja, eu já disse eu te amo antes. Já achei que era pra sempre. Já fiquei triste de ter me enganado, mas no fundo eu sempre soube que estava enganada. Mas não agora.
Se você for, e eu disser pra sempre outra vez, para outra pessoa... não pode ser. Você entende o tamanho da catástrofe? Nem as palavras nem os sentimentos farão mais sentido. E eu só não digo que deixarei de me relacionar tanto com as palavras quanto com os sentimentos porque sei que a nossa vida é tão persistente e suja quanto a vida tem que ser, e que para sobreviver somos capazes de trair qualquer outra obstinação.
Então talvez eu viva, assim sem vontade, só porque o coração precisa continuar batendo. Mas você entende que será uma vida também sem razão, sem sentido? Pode até ser uma vida com outro amor enganado, mas se você me conhece bem, sabe que não me valerá de nada uma vida sem lógica. Sem o conforto irracional da esperança.
Então me promete uma coisa: se você entrar nesse táxi, que seja pra me levar junto. Pra sempre?
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segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Hmmm
Acho que o meu problema é ter uma imaginação muito fértil. Na hora de escolher uma profissão eu conseguia me imaginar fazendo virtualmente qualquer coisa. Talvez eu devesse ter procurado critérios de desempate mais sensatos...
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sábado, 25 de agosto de 2007
O exato momento
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domingo, 19 de agosto de 2007
Tarde de domingo
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segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Tarde e fim de tarde
Especialmente quando os prédios estivessem longe e o céu azul.
Há um momento durante a tarde, antes de a luz ficar amarela e envelhecida, ainda no auge da tarde, em que o mundo pára. Não há pressa, nem urgência, nem pendência. Não enquanto os gatos se banham com a língua e os passarinhos com areia. São 15 ou vinte minutos em que o vento balança as folhas nas árvores e leva de passeio os papéis no chão. É nessa hora que o cobrador varre o chão do ônibus, que a vizinha esquenta a água do café, que o tio da perua manobra o carro. Tudo em silêncio. Ninguém sabe, mas é como se a tarde fizesse uma enorme prece, cantada baixinho no barulho da buzina da bicileta, no pio do do tico-tico, na pressão da panela e na aula de piano.
Até os camelôs ficam em silêncio enquanto os pés sujos de rua fazem pular a sombra comprida no asfalto morno. Ela brinca de amarelinha, sozinha.
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sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Sem cérebro e com música
Certas coisas na vida têm que ser feitas assim: de ressaca.
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quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Death Cab For Cutie
If there's no one beside you When your soul embarks Then I'll follow you into the dark
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quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Tanto sentimento...
...acaba virando dor-de-cabeça. Assim, com hífen mesmo, porque sólido.
Ruim é não saber nem de onde vem nem pra onde vai.
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Não conta pra ele...
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Alta in/fidelidade
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terça-feira, 31 de julho de 2007
Lista
Coisas que eu vou querer fazer com o pouco; tempo livre entre um emprego e outro:
>> uma tarde no cinema
>> ampliar fotos
>> fazer o orçamento do scan de um monte de outras fotos
>> comprar porta-negativos pros filmes da Holga
>> mão e pé
>> vedar a Holga diretinho e fotografar muito!
>> paquerar a Canon XTi
>> configurar decentemente algum cliente de torrent
>> visitar os amigos
>> passar tempo com a família
Hmm... faltou tempo já.
Postado por s. às 16:18 0 comentários
Veja bem
vamos ver como é que funciona esse mundo muderno.
(tenho que lembrar de sempre tirar a assinatura)
Postado por s. às 13:11 1 comentários